Setor produtivo de AL reclama da falta de diálogo com governo
Pela primeira vez as mudanças no setor público agrícola podem produzir um “ruído” na comunicação do setor produtivo com o governo.
“Não fomos consultados, nem procurados para conversar”, desabafa o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal).
Álvaro Almeida sempre manteve relação próxima com o governo de Renan Filho (MDB) e talvez por isso tenha sido pego de surpresa com reclamações cada vez maiores que chegam a Faeal em relação a decisões tomadas no setor público agrícola, em especial na Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal).
No caso da Adeal, segundo Almeida existem reclamações tanto internas quanto externas: “recebi várias ligações nos últimos dias de servidores reclamando de transferências de pessoal que precisam ser investigadas. Além disso, produtores estão preocupados com as informações sobre possíveis excessos que começaram a chegar em relação a atuação da Adeal na fiscalização, especialmente de matadouros”, pondera o presidente da Adeal.
Álvaro Almeida antecipa que já comunicou o clima de insatisfação existente no setor produtivo ao governo: “já conversei com o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, que está ciente da insatisfação do setor produtivo rural com a falta de diálogo. Pela primeira vez desde que a Adeal foi criada, o governo fez mudanças no órgão sem nenhum diálogo com o agronegócio”, aponta.
Petição
Nas redes sociais está circulando um “Manifesto à Sociedade Alagoana”, que pede assinatura contra as mudanças “repentinas” na Adeal.
Veja trecho da petição: “Na última sexta-feira feira, dia 14 de maio de 2021, os Servidores da ADEAL foram negativamente surpreendidos com uma série de remoções de Colegas em todo estado. Tais mudanças foram sumariamente comunicadas pelo novo Diretor Presidente, através de mensagens de WhatsApp, sem qualquer tipo de justificativa técnica e de forma arbitrária, uma vez que ninguém foi consultado previamente ou chamado para um diálogo com a Presidência.”
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Fonte: Blog do Edivaldo Júnior