Deputados discutem anulação do concurso da Polícia Militar de Alagoas

Deputados discutem anulação do concurso da Polícia Militar de Alagoas

Parlamentares concordam sobre punição de responsáveis, mas não chegam a acordo sobre anulação de todas as etapas do certame. Estado aguarda decisão da Justiça.

Os deputados estaduais discutiram em plenário nesta terça-feira (21) a anulação do concurso público da Polícia Militar de Alagoas, que está suspenso para apuração de denúncias de fraude. Os parlamentares concordam que os suspeitos sejam identificados e punidos, mas sobre a anulação do concurso, eles se dividem entre os que defendem e os que são contra a medida.
O processo que pede a anulação do concurso segue em tramitação na 31ª Vara Cível da Capital. A última atualização foi a suspensão temporária do certame na última quarta-feira (15). O governador Renan Filho (MDB) disse que o Estado aguarda a decisão judicial.
No plenário, o deputado Francisco Tenório (PMN) cobrou investigação e punição aos responsáveis. O parlamentar apelou para que o governo do estado não anule o concurso, alegando que muitos candidatos que foram aprovados na primeira etapa já estão na idade limite para ingressar na PM-AL. “Espero que essa suspensão seja para apurar os fatos, que o resultado dela seja amplamente divulgado e os infratores sejam punidos”.
Francisco Tenório pediu que o Ministério Público e a polícia identifiquem os suspeitos de fraude, mas que o concurso seja mantido para que candidatos que foram aprovados na primeira etapa sem fraudes não sejam prejudicados.

“Muitas pessoas fizeram essa prova depois de anos de estudo, passaram no concurso e estão no limite de idade. Peço que esse concurso não seja anulado”, disse o deputado.
Segundo edital do concurso, para ingressar na corporação é requisito básico “ter idade mínima de 18 anos completos na data de matrícula no Curso de Formação e máxima de 30 anos completos até a data limite para inscrição no concurso público”.
Para o deputado Cabo Bebeto (PTC), a anulação de todas as etapas do concurso, incluindo as provas, vai prejudicar quem foi aprovado sem utilizar nenhum tipo de fraude. “A maioria não foi aprovada e quer anulação do concurso, mas não seria justo com quem estudou”, disse.
O Davi Maia (DEM) defende a anulação do certame. “Esse concurso está eivado de irregularidades. Foi por isso que houve uma decisão judicial e que várias pessoas se posicionaram nesse sentido”. O deputado disse que é difícil “separar o joio do trigo”.
Durante inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Cidade Universitária, em Maceió, nessa segunda (20), o governador falou que a situação só vai ser definida após decisão da Justiça.
“O concurso foi suspenso pela Justiça e pela comissão organizadora do governo. Nós estamos aguardando a finalização das investigações para tomar uma decisão. Óbvio que agora decisão não vai será só do governo porque o problema está judicializado. A decisão será da Justiça e do governo do estado. Eu espero que a gente encontre um caminho para fazer Justiça, que não permita fraude no concurso e que garanta que as pessoas que tenham condições de fazer a prova sejam aprovadas, se tiverem conhecimento. Ou se a fraude não tiver tido amplitude, a gente siga ainda com o concurso, mas isso não vai ser decidido pelo governador. Está judicializado. E eu espero que nos próximos dias a gente conclua a investigação para tomar uma decisão ampla”, disse Renan Filho.

@conexaonawrbofc

Fonte: G1

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