‘É rezar para ter comida na mesa’, diz beneficiária que sacou última parcela do auxílio emergencial; filas continuam em agências da Caixa

‘É rezar para ter comida na mesa’, diz beneficiária que sacou última parcela do auxílio emergencial; filas continuam em agências da Caixa

Desempregada há três anos, Marileide Inácia, de 57 anos, sacou a última parcela do Auxílio Emergencial nesta quinta-feira (18), após enfrentar fila na agência da Caixa na Encruzilhada, na Zona Norte do Recife. Como não está inscrita no Cadastro Único, sabe que não vai receber o Auxílio Brasil, novo benefício do governo federal que substitui o Bolsa Família.

“É rezar para ter comida na mesa. Natal, Ano Novo e essas coisas, não espero”, afirmou Marileide.
Com o fim do auxílio emergencial, a Rede Brasileira de Renda Básica, instituição que reúne professores e pesquisadores, calcula que 29 milhões de pessoas ficam sem qualquer renda do governo.

“Em casa, sou eu e meu marido. Ele já recebeu a última parcela do auxílio, também desempregado. Daqui para a frente, a gente vai ter que contar com a sorte e ajuda de Deus. Sinceramente não sei o que vai ser da gente, estou contando com a esperança de que meu filho consiga um emprego, mas de certeza mesmo [que temos] é só a falta de dinheiro e a dificuldade”, disse Marileide.

A partir desta quinta-feira, os nascidos em novembro e que estão fora do Bolsa Família podem sacar a última parcela do Auxílio Emergencial. Muitos dos que estavam esperando o dinheiro não sabiam o que fazer nos próximos meses e torciam para ter, ao menos, comida na mesa.

Também foi liberado o pagamento do Auxílio Brasil para quem já recebia o Bolsa Família e tem o número de inscrição social (NIS) com final 2 nesta quinta. Quem tem NIS terminado em outros dígitos receberá ao longo dos próximos dias (confira calendário mais abaixo).

A mãe de Marilene dos Santos, de 34 anos, pediu a ela de Natal neste ano um botijão de gás. Assim como Marileide, ela contou que não vai receber o Auxílio Brasil. Marilene perdeu o emprego de vendedora em março de 2020 e, desde então, não consegue recolocação.

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Fonte: G1

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