Torturação das mãos em presidiários

Torturação das mãos em presidiários

Uma técnica de tortura em que os dedos das pessoas são fraturados já foi alcançada em cinco estados pelo MNPCT (Mecanismo Nacional de prevenção e combate à tortura). Segundo o órgão, a prática foi descoberta pelo trabalho da FTIP (força- tarefa de intervenção Penitenciária)

A coordenadora do MNPCT, a advogada Carolina Barreto Lemos fez um relato dizendo que o órgão começou a notar a disseminação desses ocorridos nos locais de incursões alcançadas pela FTIP, como Rio grande do Norte e Ceará. Há registros de presos ainda com os dedos quebrados em Roraima, Amazonas e Pará.

“Por óbvio, isso é uma forma completamente ilícita, não é algo que passa se justificar a partir de nenhum víeis, não há nenhuma justificativa legal, isso se configura muito claramente como um crime. Um crime de tortura, porque é uma forma de castigar de impor um castigo que é a própria privação de liberdade”, avalia a advogada. Ela inclui que a prática de fraturação dos dedos não está proporcional.

Administrado por policiais penais federais, que conduzem os policiais penais mobilizados, a FTIP foi adquirida para empregada em resolução de crises, motins e rebeliões a força tarefa foi utilizada pela primeira vez no ano de 2017, na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, uma crise que deixou 26 presos mortos.

A FTIC fazia intervenções, treinamento de policiais penais nos estados. “O que levou a uma repetição das ocorrências além da atuação da própria força, ressalta a coordenadora do Mecanismo.
“E, com isso, disseminam- se as técnicas além da sua atuação, a própria técnica de quebrar os dedos. Tanto é que, no fim do ano passado, em novembro, o órgão foi ao Rio Grande do Norte, que era o local que teve treinamento pela FTIP, apesar de a força não estar lá mais naquele momento essa técnica sendo usada, relatou Lemos.

Segundo a coordenadora do MNPCT, o uso dessa forma de tortura ainda não foi superado.

“A equipe não deixou de existir, ela mudou o nome. Atualmente, está sendo chamada de Fopen, que é Força de cooperação Penitenciária. Se não me engano, ela continua atuando, e até onde a gente saiba, partindo dos mesmos parâmetros anteriores”, diz.

A Senapen comunicou que desenvolveu ações de escuta com a intenção de desenvolver diagnósticos situacionais, reconhecer e demandas.

Fonte: NOTÍCIASR7.COM

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