Educação sexual nas escolas: entenda por que Unesco e especialistas dizem que ela deve ser tema na sala de aula

Educação sexual nas escolas: entenda por que Unesco e especialistas dizem que ela deve ser tema na sala de aula

O que se espera das escolas, quando psicólogos e entidades como a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) defendem educação sexual para crianças? Por que eles recomendam que o tema seja abordado pelos professores desde cedo?

Fique tranquilo: são conteúdos que passam longe de qualquer risco de erotização precoce. A intenção é ensinar seu filho ou filha a: se cuidar, entender como fazer a higiene íntima, conhecer o próprio corpo e se proteger de casos de abuso.

Nesta reportagem, entenda:

  • por que a escola deve participar do processo;
  • as razões de a educação sexual não “adultizar” as crianças;
  • a forma de trazer abordagens leves e lúdicas para temas “pesados”;
  • a importância da parceria com a família;
  • a melhor solução para as dúvidas (repetidas) dos alunos;
  • o aspecto fundamental de formar professores.

Quer um exemplo de dinâmica? No Instituto Criança é Vida, que promove atividades de educação sexual no contraturno escolar para crianças em vulnerabilidade, os alunos de 7 a 9 anos aprendem o que é menstruação.

“Compramos tinta guache vermelha para fazer uma atividade. Alguns colocam algumas gotinhas no absorvente, outros, mais, para aprenderem que as mulheres têm diferentes fluxos menstruais”, explica Regina Stella, diretora superintendente. “Depois, ensinamos a descartar direitinho, sem deixar o absorvente aberto no lixo.”

Os resultados do projeto ficaram evidentes quando uma das meninas menstruou na escola e sujou o uniforme – os meninos, que também haviam participado da dinâmica, em vez de fazerem piadas inapropriadas, acolheram a amiga e arranjaram um casaco para ela amarrar na cintura e cobrir a mancha de sangue.

“Misturar os educandos é importante, porque todos precisam aprender a se colocar no lugar do outro”, afirma a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

“Defendo que a educação sexual esteja presente sempre no currículo: é com informação que vamos ensinar noções de prevenção e respeito. Sexualidade é uma dimensão humana – desde cedo, as crianças devem saber os nomes das partes do corpo e distinguir se um toque [de alguém] é errado ou não”.

Fonte: g1.globo.com

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