Halloween, finados e Día de Los Muertos: entenda o que datas têm em comum e o feriado no Brasil
As datas do fim de outubro e começo de novembro envolvendo mortos, lendas e costumes são celebradas em diversas partes do mundo, ainda que com sentidos um pouco diferentes.
Antes de tudo é preciso ressaltar: as explicações para cada uma delas envolvem períodos muito antigos e tradições que foram mudando e se adaptando com o decorrer do tempo. Nem tudo era tão claramente documentado quando as tradições passaram a existir, por isso pode haver versões diferentes para a origem de uma mesma data.
- Participe do canal do g1 no WhatsApp
🍭🧙♀️ A começar pelo Halloween, comemorado em 31 de outubro. A festa é mais tradicional nos EUA, onde é comum as pessoas usarem fantasias de todo o tipo e as crianças baterem de casa em casa pedindo “gostosuras ou travessuras”.
Mas suas origens remontam aos irlandeses que, nos séculos passados, esculpiam rostos na rutabaga, que é o cruzamento entre a couve e o nabo. Além disso, um texto do jornal britânico “The Guardian” explica que era uma tradição medieval bater de porta em porta, cantando e fazendo orações pelas almas em troca de guloseimas.
Quando os imigrantes irlandeses chegaram aos EUA no século 19, passaram a esculpir na abóbora, que, por sua vez, virou também um alimento muito presente no dia de Ação de Graças, tradicionalmente celebrado no país em 23 de novembro. Veja vídeo abaixo para entender melhor:
👻 Ainda que nos EUA a tradição seja a de usar fantasias diversas (um exemplo para entender o quão aleatório isso pode ser: neste ano, Kim Kardashian e North West escolheram se fantasiar de “Patricinhas de Beverly Hills”, imagem abaixo), por aqui o costume ainda é de decoração e roupas envolvendo assombrações, teias de aranha, caveiras e bruxas.
Há pessoas que criticam a celebração do Halloween no Brasil por supostamente valorizar uma data norte-americana. Por isso, em contraponto, há quem prefira celebrar o dia do Saci, já que este é um personagem do folclore brasileiro. Segundo a lenda, ele é um garoto levado que usa gorro vermelho e prega peças, praticando travessuras e escondendo objetos.
O personagem é caracterizado como um esqueleto de mulher usando um chapéu, como distintivo da alta classe do início do século XX. O objetivo é lembrar que as diferenças sociais não significam nada diante da morte, como explicou reportagem do g1 em 2019, que visitou uma exposição na Embaixada do México em Brasília na época. O nome vem de “La calavera de La Catrina”, gravura do mexicano José Guadalupe Posada.
Fonte: g1.globo.com