Piloto de helicóptero que desapareceu em SP fez pouso de emergência na Faria Lima há quatro anos
Há quatro anos, Cassiano Tete Teodoro, piloto do helicóptero que desapareceu com outras três pessoas em São Paulo, fez um pouso de emergência na laje de um edifício comercial na avenida Brigadeiro Faria Lima, no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo. Ninguém se feriu, mas a aeronave teve danos substanciais.
Cassiano, de 44 anos, é um dos quatro desaparecidos após o helicóptero que ele pilotava perder contato com a torre e sumir no domingo (31), a caminho do Litoral Norte de São Paulo. Nenhum órgão oficial divulgou a identidade do piloto, no entanto, a informação foi apurada pelo
Pouso na Faria Lima
O pouso de emergência realizado em um prédio comercial na Faria Lima aconteceu no dia 16 de janeiro de 2020. A aeronave pousou na laje de um edifício comercial localizado na via. O local não tinha heliponto.
O caso foi investigado pelo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que concluiu que o helicóptero havia decolado com peso superior à capacidade máxima.
De acordo com o relatório de 8 de julho de 2021, a aeronave tinha 1.123 quilos durante a decolagem. O peso máximo do modelo, um Robinson 44 – mesmo modelo que que está desaparecido em SP -, é de 1.089 quilos. Ou seja, na ocasião, o helicóptero estava 34 Kg acima do máximo previsto em manual.
Além disso, o Cenipa apurou que não foi possível constatar a experiência de Teodoro, pois não foram encontrados registros de horas de voo na Caderneta Individual de Voo (CIV) do tripulante. Segundo o órgão, todo piloto deve registrar as horas de voo.
O relatório aponta ainda que o diário de bordo da aeronave não foi apresentado, o que “inviabilizou o levantamento das horas voadas após as intervenções de manutenção”.
Apontou ainda que as condições meteorológicas eram propícias e que não foram identificadas evidências que apontassem para a falha do motor.
O caso do pouso de emergência na avenida Faria Lima foi citado na cassação da licença de Cassiano Teodoro pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Fonte: g1.globo.com