PL foi o maior beneficiário de emendas liberadas por Lula em 2023

PL foi o maior beneficiário de emendas liberadas por Lula em 2023

O Partido Liberal (PL) foi o maior beneficiário da liberação de emendas parlamentares em 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com levantamento do Metrópoles, o governo federal empenhou mais de R$ 2,7 bilhões em emendas individuais indicadas por parlamentares da sigla.

Vale destacar que o PL, sigla da oposição à qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é presidida nacionalmente pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no escândalo do mensalão, tem uma das maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado.

Nas eleições de 2022, o partido elegeu 14 das 81 cadeiras presentes na Casa Alta – perde apenas para o PSD, com 15 vagas. Na Casa Baixa, das 513 vagas, a sigla garantiu 99 e só perde para blocos de siglas.

No ranking de maior montante de emendas por partido, figura na segunda posição o Partido Progressistas (PP), com R$ 2,08 bilhões. Na sequência, aparecem o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido dos Trabalhadores (PT), ambos com R$ 2 bilhões.

Os dados utilizados no levantamento provêm do portal Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal, e contemplam atualizações até a primeira quinzena do mês de dezembro. Os valores consideram a fase de empenho, quando o Executivo reserva o dinheiro, procedimento que antecede a liquidação e o pagamento.

A emenda parlamentar consiste em um instrumento mencionado na Constituição Federal, que prevê que deputados e senadores participem da elaboração do orçamento. Paulo Henrique Cassimiro, professor de ciência política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), explica que, de modo simples, as emendas são a parte que cabe aos congressistas individualmente na alocação dos recursos orçamentários.

“O orçamento do governo federal precisa ser aprovado anualmente pelo Congresso para o ano posterior. As emendas parlamentares são justamente a parte desse orçamento que é responsabilidade dos deputados decidir onde será aplicada”, explica o professor.

Fonte: metropoles.com

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