Creche Segura capacita aproximadamente 3 mil servidores em primeiros socorros
Projeto já chegou a 48% dos 102 municípios alagoanos e segue com foco na cobertura em todo estado
Desde a criação, o projeto Creche Segura já capacitou mais de 2.700 servidores responsáveis por creches em 49 municípios alagoanos. As capacitações fazem parte do projeto que é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Primeira Infância de Alagoas (Cria), o Corpo de Bombeiros (CBM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O objetivo é levar orientações de primeiros socorros para os servidores estaduais.
Durante as ações, os profissionais das creches Cria e de algumas creches municipais recebem informações sobre como proceder diante de casos como engasgos, crises convulsivas, parada cardíaca, choque elétrico e outras eventualidades que demandem intervenção de especialistas para garantir a segurança da criança matriculada no equipamento.
De acordo com a secretária da Primeira Infância de Alagoas, Caroline Leite, o projeto Creche Segura é de suma importância para proteção das crianças e é feito em várias frentes.
“É muito gratificante receber esses dados alcançados pelo Creche Segura, porque eles simbolizam que nosso trabalho está sendo realizado de forma bem feita, com compromisso e determinação na valorização da primeira infância. Além de que trabalhamos em várias frentes, junto a outras secretarias e órgãos públicos. Nesse projeto em específico temos grande parceria com o Corpo de Bombeiros e o Samu”, disse.
A secretária pontuou ainda que os dados demonstram o compromisso do Governo de Alagoas com a primeira infância. Afinal, as creches não são apenas entregues para a comunidade, mas também há um acompanhamento do governo antes, durante e depois da entrega do equipamento.
Para o tenente do Corpo de Bombeiros de Alagoas (CBM), Anibal Junior, que é um dos responsáveis por realizar as capacitações nas creches, a iniciativa é essencial para manter a segurança das crianças.
“Semanalmente, nós estamos visitando as creches municipais para levar formação e capacitar os servidores que estão lidando todos os dias com crianças. Com foco em primeiros socorros, ensinamos os princípios básicos, como lidar com engasgos, choques, etc. Ensinamos eles também a manobrar os extintores. Muitos não sabiam como usar os aparelhos, então precisam passar por essa capacitação. Os dados refletem um trabalho bem feito”, disse.
Somente em 2024, as ações do Creche Segura chegaram aos municípios de Jacuípe; Jundiá; Porto Calvo; Flexeiras; Messias; São Luís do Quitunde; Campestre; Batalha; Canapi; Paripueira; Olho d’Água das Flores; Joaquim Gomes; Pilar; São José da Tapera; Piranhas; Atalaia; Maceió; Poço das Trincheiras; Satuba (municipal); Satuba (Creche Cria); Major Isidoro; Viçosa, Pão de Açúcar, Branquinha e União dos Palmares.
A coordenadora do Samu Maceió, Beatriz Santana, destacou a contribuição ao projeto com profissionais diversos, garantindo uma capacitação mais plural.
“Nosso Núcleo de Educação Permanente (Nep) tem contribuído, efetivamente, através de nossos instrutores médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para que o pessoal que trabalha nas Creches se capacitem sobre os primeiros socorros, e possam ajudar os socorristas a salvar mais vidas, porque esse é o nosso objetivo maior”.
Lei Lucas
O Projeto Creche Segura cumpre uma das exigências da Lei 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, em que é obrigatória a capacitação de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados da Educação Básica, bem como de estabelecimentos de recreação infantil. A legislação é uma homenagem ao estudante Lucas Begalli, que morreu aos 10 anos de idade por não ter recebido os primeiros socorros.
Em 2017, o estudante participava de um passeio promovido pela escola particular onde estudava, no interior de São Paulo, e se engasgou com um pedaço de salsicha que estava cachorro quente. Na ocasião, não havia ninguém que soubesse fazer a manobra do desengasgo e, mesmo tendo sido socorrido pelo Samu e levado para o hospital, o garoto morreu dois dias depois.
Fonte: Alagoas Governo