População reclama de infraestrutura dos pontos de ônibus no Centro de Maceió
Mulheres, crianças e idosos esperam ônibus na Rua do Comércio sem abrigos adequados – Foto: Paulo Bugarin/Jornal de Alagoas
Mulheres e idosos esperam coletivos em pé, sem abrigos adequados; logística das linhas de ônibus também não atende necessidade dos passageiros
Ponto de intenso fluxo populacional, fundamental para a economia de Maceió devido a grande quantidade de lojas, mercados, feiras e comércios em geral, o Centro da capital alagoana sofre com o descaso do poder público.
A população que compra, vende, visita centros médicos e realiza suas atividades cotidianas é quem paga o preço. Sem lugares para sentar ou abrigos que protejam do sol ou da chuva, a Rua do Comércio, é o cenário em que idosos e mulheres grávidas esperando os transportes coletivos ao relento.
A Deus dará também está a infraestrutura básica do calçadão do comércio, com bancos quebrados, lixeiras jogadas no chão e o piso que protege a rede de esgoto também detonado, levando risco aos milhares de pedestres que todos os dias transitam por lá.
A funcionária de uma empresa de RH localizada no Centro, Andressa dos Santos, está grávida e otimiza a rotina colocando os outros dois filhos em uma escola próxima. Em pé no ponto de ônibus, ela reclamou à reportagem das condições do local.
Um dos entrevistados, morador do Conjunto Cleto Marques Luz, parte alta da capital, preferiu não se identificar, mas disse que os ônibus estão em péssimas condições e que não há terminais para as pessoas se abrigarem. “Olha o estado dos ônibus, uma nojeira, não tem terminal, leva chuva, não tem linha direto do Cleto para a parte da praia e de manhã é lotado, se você não se levantar 4 horas da manhã você só vem em pé”, reclama.
Ele cobrou o prefeito JHC pelas melhores condições nos pontos e terminais. “Maceió é massa para quem?”, questionou.
A aposentada, Maria Josefa, de 71 anos, diz que os idosos sofrem com a falta de locais adequados para esperar o ônibus e também da logística das linhas atuais. “Se eu quero ir em um médico na Ponta Verde, no Poço, eu não posso porque não tem onibus. Se eu vou fazer minhas compras no Mercado eu tenho que vir andando até a Rua do Comércio cheia de sacolas. Eu tenho problema no joelho, essa situação é errada”, salienta.
“Antes era melhor [quando tinha a identificação nos pontos], mas a própria população não cuida e infelizmente a gente não tem muito acesso ao transporte, tipo a minha linha que só passa um ônibus, então se eu perder vou passar muito tempo esperando. Também tem a questão da iluminação que fica muito no escuro aqui no início e antes tinham até uns bancos, as lojas acabavam ajudando as pessoas. Eu gostaria de mais iluminação e acesso aos ônibus”, cobrou Andressa.
Fonte: Jornal de Alagoas