Chuva de meteoros Perseidas atinge máxima atividade em torno dos dias 11 a 13 de agosto

Chuva de meteoros Perseidas atinge máxima atividade em torno dos dias 11 a 13 de agosto

Foto: Reuters/Owen Humphreys

O momento exato do pico da atividade está previsto para o dia 12, entre  10h às 13h  no horário de Brasília

A aguardada chuva de meteoros Perseidas atingirá sua máxima atividade em torno das noites entre 11 e 13 de agosto de 2024, oferecendo condições de visualização razoáveis para quem está principalmente na Região Norte no Brasil. Nas demais regiões, a chuva será “mais fraca”.

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), o momento exato do pico da atividade está previsto para 12 de agosto de 2024, entre  10h às 13h  no horário de Brasília.

A chuva de meteoros Perseidas é visível anualmente de meados de julho até o final de agosto, com duração de 14 de julho a 1 de setembro.

Este ano, mesmo com a lua 50% iluminada durante o pico das Perseidas, ela poderá ser vista por volta da meia-noite  até o amanhecer.

Essa chuva de meteoros é particularmente favorável para observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, sob condições ideais, os observadores podem esperar ver até 100 meteoros por hora. No entanto, no hemisfério sul, a observação será um tanto limitada.

Segundo De Cicco, a chuva de meteoros Perseidas é talvez a mais popular devido à sua atividade durante os meses de verão no hemisfério norte, quando as condições climáticas são mais favoráveis para a observação das “estrelas cadentes”.

Feitas de pequenos detritos espaciais do cometa Swift-Tuttle, as Perseidas são amplamente procuradas por astrônomos e observadores.

Cometa Swift-Tuttle


As Perseidas resultam da passagem da Terra através dos detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle, que passou perto da Terra pela última vez em 1992. A chuva atinge seu pico por volta de 11 a 12 de agosto, quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos.

O cometa Swift-Tuttle, responsável pelos detritos que originam as Perseidas, foi descoberto independentemente pelos astrônomos Lewis Swift e Horace Tuttle em 1862. Quando passou pela Terra pela última vez em 1992, era muito fraco para ser visto a olho nu. A próxima passagem, prevista para 2126, poderá torná-lo visível a olho nu.

O radiante das Perseidas está localizado na constelação de Perseu. Embora a chuva de meteoros leve o nome da constelação de onde parece irradiar, a constelação não é a fonte dos meteoros.

Como observar as chuvas de meteoros?


Para tentar observar as chuvas de meteoros é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa. Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom.

O que são chuvas de meteoros?


As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.

Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um “rastro” brilhante.

Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.

Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.

Do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Outro ponto a considerar tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Afinal, através da pesquisa das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.



Fonte: AgênciaGov

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