Negociação de cessar-fogo em Gaza será retomada; Israel ordena novas retiradas
Área destruída da Faixa de Gaza por ataques israelenses
12/06/2024REUTERS/Mahmoud Issa
Número de palestinos mortos na campanha israelense já passa de 40 mil, em meio a temores de conflito ampliado na região
Os negociadores se reunirão novamente no Catar nesta sexta-feira (16) para buscar um acordo de cessar-fogo em Gaza que possa ajudar a evitar uma escalada regional, acabar com uma guerra que matou dezenas de milhares de palestinos e libertar reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
A mais recente rodada de negociações entre Israel e os mediadores começou na quinta-feira (15) e deve ser retomada nesta sexta-feira (16) após as orações do meio-dia. Os mediadores disseram que estão informando o grupo militante palestino Hamas, que não está participando diretamente das negociações, sobre os acontecimentos.
“Este é um trabalho vital. Os obstáculos restantes podem ser superados, e precisamos encerrar esse processo”, disse o porta-voz de segurança nacional dos Estados Unidos, John Kirby, aos repórteres na Casa Branca.
Até o momento, meses de conversações intermitentes não conseguiram superar as divisões fundamentais, com Israel dizendo que a paz só será possível se o Hamas for destruído, e o Hamas afirmando que só aceitará um cessar-fogo permanente, e não temporário.
Durante a noite, as forças israelenses bombardearam alvos em toda a pequena e lotada Gaza e emitiram novas ordens para que as pessoas deixassem as áreas anteriormente designadas como zonas seguras para civis, afirmando que o Hamas as havia usado para disparar morteiros e foguetes contra Israel.
O conflito começou em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.
A campanha militar de Israel em Gaza reduziu grande parte do território a escombros e matou mais de 40.000 palestinos, a maioria civis, segundo as autoridades de saúde palestinas. Israel afirma ter eliminado 17.000 combatentes do Hamas.
Fonte: CNN Brasil