Governo publica dados para reagir às críticas por falta de ação sobre queimadas

Governo publica dados para reagir às críticas por falta de ação sobre queimadas

Imagem feita por drone mostra queimadas em vegetação de serrado e canavial próximo a Sertãozinho, interior de São Paulo • JOEL SILVA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O governo Lula tenta reagir às críticas de inação e falta de planejamento no enfrentamento aos incêndios

O Ministério do Meio Ambiente divulgou hoje uma série de dados que apontam aumento de valores direcionados para a prevenção e combate aos incêndios no país.

A série começa em 2019, primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, que virou alvo de ambientalistas justamente por críticas semelhantes às que o governo Lula recebe agora.

No levantamento oferecido à CNN pelo Ministério, o Orçamento para o combate e prevenção aos incêndios só cresceu:

  • 2019 = R$ 45,9 milhões
  • 2020 = R$ 38,6 milhões
  • 2021 = R$ 57,3 milhões
  • 2022 = R$ 60,0 milhões
  • 2023 = R$ 89,3 milhões
  • 2024 = R$ 111,3 milhões

O ministério aponta, ainda, que “para 2023, o governo anterior só programou R$ 38 milhões” no programa orçamentário. “Foi adicionado o valor de R$ 45 milhões na transmissão do governo e um remanejamento interno foi feito”, complementa a nota.

O MMA também diz que houve aumento de brigadistas florestais, de aeronaves e de veículos operacionais:

Brigadistas florestais

  • 2022 = 1.788
  • 2023 = 2.108
  • 2024 = 2.255

Aeronaves

  • 2023 = 05 aeronaves
  • 2024 = 14 aeronaves

Veículos operacionais

  • 2022 = 305
  • 2023 = 307
  • 2024 = 348

Decreto

Além desses dados, o Diário Oficial da União publicou hoje o decreto que regulamenta o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e o Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal.

A lei que instituiu esses organismos foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula no dia 31 de julho de 2024, mas aguardava regulamentação desde então pela Casa Civil.
O decreto, segundo a Casa Civil informou a CNN, foi assinado ontem pelo presidente.

Na prática, ele viabiliza um marco legal para combate a incêndios no país com a participação de entes do governo federal e estadual, além de setoriais, para debater e por prática ações para prevenir incêndios e queimadas.

O Comitê por exemplo poderá baixar resoluções e recomendações a tofos os seus integrantes.

Já o Centro integrado terá por objetivo, dentre outros pontos, “monitorar a situação dos incêndios florestais no território nacional”, “instalar sala de situação única com caráter operacional”, “promover, em sala de situação única e a partir de comando unificado, o compartilhamento de informações sobre as operações em andamento”, “integrar o trabalho das instituições envolvidas no monitoramento e no combate aos incêndios florestais no território nacional”; “coordenar e planejar as ações de combate aos incêndios florestais que extrapolem o poder de resposta das instituições estaduais e distritais, de maneira a promover a criação de protocolos de apoio mútuo e de colaboração técnica e financeira entre as instituições participantes” e “dar publicidade e transparência às grandes operações de prevenção e combate aos incêndios florestais no território nacional”, apresentar relatório anual sobre a situação dos incêndios florestais no território nacional, de maneira a indicar o aperfeiçoamento das ações de prevenção e de combate”.



Fonte: CNN Brasil

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