AGU: ‘Investigação no INSS revela fraude sistêmica e buscaremos ressarcimento’

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, diz que o INSS é alvo de uma “fraude sistêmica que perdura, pelo menos, desde o ano de 2019, para prejudicar aposentados e pensionistas”. Dada a magnitude do caso — os valores envolvidos passam de R$ 6 bilhões –, o órgão, que criou um grupo de trabalho específico para atuar na apuração, o AGU afirma ter destacado “advogados federais com ampla experiência no combate a fraudes e na recuperação de ativos”.
Segundo Messias, a “atuação da AGU se concentrará em duas frentes principais: 1) trabalhar junto ao INSS para eliminar as fragilidades institucionais que possibilitaram a ocorrência dessa fraude; 2) assegurar que as verdadeiras vítimas, incluindo o próprio INSS, além de aposentados e pensionistas, sejam devidamente ressarcidas por fraudes comprovadamente identificadas”.
A amplitude da fraude, que levou centenas de policiais federais e auditores da CGU às ruas ontem para cumprir mais de 200 mandados de busca e apreensão, torna a missão hercúlea.
“É, sem dúvida, um grande desafio, considerando o tempo transcorrido, o número de vítimas e os valores em questão. A sociedade brasileira pode contar com o compromisso do governo em defender a previdência social como um valor essencial. Estaremos ao lado dos aposentados e dos pensionistas para que possam ser integralmente ressarcidos pelos fraudadores”, disse o AGU ao blog.
A fala de Messias se soma a um esforço de comunicação do governo Lula para transformar a suspeita de corrupção detonada pela CGU e pela PF de um limão em uma limonada. Desde que soube do tamanho do problema, o presidente Lula determinou medidas enérgicas e destacou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, para comandar a linha de divulgação dos resultados da investigação e ação conduzida ontem pela PF.
Todo o esforço, porém, foi comprometido pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que contrariou uma ordem direta de Lula e decidiu não demitir o agora ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto durante a coletiva de imprensa dada sobre o caso ontem. Pior: Lupi saiu em defesa do aliado, que ele colocou no cargo e que já havia sido notificado da existência de pelo menos 130 mil queixas de cobranças indevidas de aposentados e pensionistas.
Fonte: G1


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