PL resiste à proposta alternativa de anistia costurada por Alcolumbre

PL resiste à proposta alternativa de anistia costurada por Alcolumbre

Integrantes do Partido Liberal (PL) veem com resistência a proposta alternativa de anistia que é costurada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

No Senado, alguns apontam a tentativa de fazer uma “meia anistia” e atribuem a articulação a uma influência do Palácio do Planalto, sobretudo após recentes viagens de Alcolumbre com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O que se espera é que o projeto, por exemplo, não abrace uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na elaboração de uma tentativa de golpe de Estado, em 2022.

Ao mesmo tempo, parlamentares enxergam na articulação uma brecha estratégica para mostrar o que chamam de erros nos julgamentos que o STF já fez até aqui, com condenações dos participantes do 8 de janeiro.

“A partir do momento que Davi e Hugo Motta, com a concordância do STF, negociam para reduzir penas, é porque fica claro, então, que as penas foram dadas na emoção, foram dadas com o estômago e que exageraram qualquer previsão legal, exorbitaram”, afirmou à CNN o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).

“Na verdade, o primeiro gesto, na minha opinião, é pior. Mostra que realmente há um consenso de que houve um erro, um erro gravíssimo na aplicação das penas”, completou.

Na Câmara, um dos principais articuladores do projeto de lei da anistia, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), alertou que a oposição vai seguir com a estratégia de obstrução dos trabalhos.

O líder do PL na Casa critica a interlocução das cúpulas das duas casas com o Supremo Tribunal Federal e afirma que há uma tentativa da corte em legislar sobre o assunto.

A ideia do projeto de lei discutido por Alcolumbre e Hugo, segundo parlamentares a par do assunto, é punir os envolvidos de maneira proporcional aos atos praticados por eles. Seria algo para “separar o joio do trigo”, com distinção entre quem organizou os atos de outros que poderiam ter cometido crimes menos graves.

Fonte: CNN

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