Presidente da Comissão de Direito Digital da Câmara, Marx propõe projeto que regulamenta uso de Inteligência Artificial no Brasil

Presidente da Comissão de Direito Digital da Câmara, Marx propõe projeto que regulamenta uso de Inteligência Artificial no Brasil

Presidente da Comissão de Direito Digital da Câmara dos Deputados – colegiado temático que discute e analisa propostas legislativas relacionadas a temas como direito digital, tecnologia da informação, proteção de dados, cibercrimes e privacidade na Internet – o deputado federal Marx Beltrão (PP) protocolou na Casa um Projeto de Lei que busca regulamentar o uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil.

Diante da não regulamentação do uso da IA o país está vendo uma escalada no número de crimes cibernéticos. O Brasil é o 2º país do mundo com mais ataques de phishing – roubo virtual de senhas de cartões e dados pessoais –, atrás apenas da Índia; em 2023, mais de 30% dos brasileiros relataram ter sido vítimas de tentativas de fraude online; e, no mesmo ano, o Banco Central registrou mais de 1,2 milhão de tentativas de golpes envolvendo Pix, além de prejuízos com fraudes bancárias que ultrapassaram R$ 2,5 bilhões.

“Além das questões envolvendo crimes, fraudes e prejuízos milionários, há também a questão ética, cultural e comunicacional: manipulações de vozes, criação de imagens e notícias falsas, além de toda uma rede de desinformação que causa perdas enormes. Por isso, regulamentar o uso da Inteligência Artificial em nosso país é por demais importante. Como parlamentar e como presidente da Comissão de Direito Digital da Câmara dos Deputados, apresentei este PL que busca estabelecer este marco regulatório e proteger a sociedade”, disse Marx Beltrão.

A proposta de Marx (PL 526/2025) “estabelece princípios, diretrizes e normas para o desenvolvimento, implantação e uso responsável de sistemas da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, visando garantir o respeito aos direitos humanos, a proteção de dados pessoais, a transparência, a segurança e a responsabilização”.  O projeto estabelece cenários de proibições em práticas do uso de IA quando utilizadas em atos nocivos ao cidadão e à cidadania.

Por exemplo, o PL 526/2025 proíbe a utilização da IA para a “vigilância massiva sem autorização judicial; a manipulação de informações para disseminação de desinformação ou fake news; a promoção de discriminação com base em raça, gênero, orientação sexual, religião ou qualquer outro fator protegido por lei; e a tomada de decisões totalmente automatizadas em processos judiciais e administrativos sem possibilidade de revisão humana”.

“O que queremos é alcançar uma legislação que busca estabelecer uma estrutura legal capaz de equilibrar inovação e proteção dos cidadãos, promovendo o uso responsável da IA, prevenindo abusos e assegurando que os benefícios dessa tecnologia sejam distribuídos de forma justa e equitativa na sociedade”, finalizou o parlamentar.

FONTE: CADA MINUTO

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