Com o compromisso de transformar a realidade das pessoas com deficiência em Maceió, a Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc) realizou, nesta quarta-feira (6), a primeira edição do projeto Inclusão em Ação.

A iniciativa, que levou serviços essenciais diretamente à comunidade Grota da Esperança, promovendo inclusão social, cidadania e bem-estar, ocorreu das 9h às 13h, na Associação dos Cegos de Alagoas (ACAL), no bairro Antares.

Mais do que uma atividade pontual, a ação visa fortalecer o sentimento de pertencimento e valorização das pessoas com deficiência, oferecendo serviços públicos, acolhimento e cuidado.

Durante o evento, os participantes tiveram acesso a diversos atendimentos, fruto da articulação da Semuc com outras pastas municipais, como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar (Semdes), Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), entre outros.

Para Alexandro Oliveira, diretor-presidente da Associação Alagoana de Pessoas com Deficiência Visual, a iniciativa tem impacto direto na qualidade de vida da população. “Essa parceria é muito importante porque leva o atendimento itinerante para dentro das comunidades e instituições. Isso alivia os postos de saúde, alcança quem mais precisa e torna Maceió uma cidade mais inclusiva e acessível”, destacou.

A coordenadora de PCD na Semuc, Laura Cristina Bizerra, ressaltou a importância do projeto e falou especialmente sobre o cordão de identificação para pessoas com deficiências ocultas.

“O cordão de Iraçal é um serviço oferecido pela Semuc para pessoas com deficiências não visíveis, que muitas vezes passam por constrangimentos ao buscar atendimento prioritário. Esse cordão funciona como uma identificação que garante o respeito, a prioridade e a empatia que essas pessoas merecem. Ele não substitui o laudo médico, mas é um importante instrumento para que essas pessoas sejam reconhecidas e acolhidas com dignidade nos serviços públicos e privados”, explicou Laura.

A população acreditou no projeto e compareceu para garantir seus direitos e resolver demandas importantes.

Foi o caso da mãe Rafaela Silva dos Santos, 27 anos, moradora da grota da Esperança, que levou a filha de 1 ano 7 meses para se vacinar. “Eu vi a divulgação no WhatsApp e resolvi vir. O atendimento foi ótimo, estão de parabéns. Aqui na Grota faz muita falta um postinho de saúde, tem muita criança e o acesso é difícil. Essas ações ajudam demais, deveriam acontecer sempre”, disse Rafaela.

Outra beneficiária da ação, Maria Bernadette Silva, 58 anos, também moradora da grota da Esperança, aproveitou a oportunidade para atualizar seus dados no Cadastro Único. “Soube pela vizinhança e vim logo resolver. Essas ações ajudam muito, porque nem sempre conseguimos ir até os lugares mais distantes para resolver essas coisas”, concluiu.

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