Comerciantes denunciam abandono completo de uma das principais vias da Levada
Buracos, lama e lixo acumulado compõem a paisagem da Rua Comendador Técio Vanderlei; empresários cobram ação do poder público
Comerciantes de um dos principais corredores de ônibus do bairro da Levada, em Maceió, estão sofrendo devido aos buracos, lama e acúmulo de lixo que se concentram na Rua Comendador Técio Vanderlei, fazendo com que ônibus desviem a rota e eventuais clientes procurem outros locais para fazer suas compras.
O número de buracos e seus tamanhos só aumentam com o passar do tempo. A lama e a poeira tomam conta da paisagem, junto ao lixo acumulado às margens do córrego que divide a via. Além da deficiência estrutural, empresários disseram que o lixo demora cerca de 4 a 5 dias para ser recolhido.
Com cerca de um quilômetro, a via, um dia asfaltada, hoje tem grande parte de seu caminho coberto por barro e os ônibus que fazem o transporte de passageiros agora desviam para a rua de trás para conseguir continuar a viagem. A Rua Comendador Técio Vanderlei, que em determinado ponto chama-se Rua João Calheiros Gato, dá acesso à rotatória do Mercado da Produção e é um dos grandes corredores de transporte da Zona Sul de Maceió.
O resultado do descaso do poder público é prejudicial para o comércio local e para quem transita na região. Elvis Berto, dono de uma empresa de materiais de construção com 25 funcionários, relata a queda no faturamento e o desânimo diante da inércia da prefeitura de Maceió.
“Meu faturamento caiu 40%. Hoje a rua é só barro e as pessoas e clientes evitam passar por aqui. A rua está abandonada há três, quatro anos, não existe manutenção. A gente apela ao prefeito que venha fazer essa obra aqui, ao invés de colocar asfalto em ruas já asfaltadas”, reclama.
Ele pede uma ação enérgica do poder público e conta que recorreu a vereadores para tentar sensibilizar a prefeitura de Maceió, mas até agora não obteve resultados concretos. “Eles fazem solicitações, dizem que vão até a Seminfra, mas até agora não conseguimos”, comenta.
O empresário conta que o marasmo da prefeitura de Maceió levou os comerciantes da região a construir, por conta própria, uma ponte para cruzar o córrego que divide as vias. “Os clientes que estavam do outro lado da rua não queriam vir até aqui, não querem passar, então nos juntamos e fizemos essa ponte”.
Fonte: Jornal de Alagoas