DPE ingressa com ação para aumento do aluguel social em Maceió após impasse em negociações

DPE ingressa com ação para aumento do aluguel social em Maceió após impasse em negociações

Depois de esgotar todas as possibilidades de resolução extrajudicial, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) ingressou com uma ação civil pública na última sexta-feira (9) cobrando que o Município de Maceió atualize o valor do aluguel social para R$ 543,45, conforme determina o Decreto Municipal nº 7.699/2014.

A ação foi assinada pelos defensores públicos do Núcleo de Proteção Coletiva, Daniel Alcoforado, Ricardo Antunes Melro e Lucas Monteiro Valença.

O novo valor sugerido pela Defensoria Pública considera o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, estabelecido pelo referido decreto como índice a ser seguido para determinar o valor de aluguel social. Atualmente, o Município paga R$ 250 aos cidadãos que necessitam desse auxílio, valor não reajustado desde 2014. 

Na ação, os defensores públicos destacam a crescente crise habitacional enfrentada pela população da capital alagoana, agravada pela valorização dos imóveis e dos aluguéis nos últimos anos, devido ao afundamento de bairros como Bebedouro, Mutange e Pinheiro, causado pela atividade mineradora da Braskem.

A Instituição destaca, ainda, o fato de o Município ter reduzido os valores alocados e executados para a política de auxílio-moradia nos últimos anos. Em 2022, o Município disponibilizou o montante de R$ 15,6 mi para o pagamento de aluguel social; em 2023, o valor caiu para R$ 7,3 mi; e em 2024, foram destinados apenas R$ 3 mi para essa finalidade.

Tentativa de Acordo

Ao longo das últimas semanas, a Instituição realizou três encontros com representantes do Município para discutir o tema, ocasiões em que houve demonstração de interesse em realizar o reajuste. Na última terça-feira, 06, porém, o Município, através do Secretário Adjunto de Habitação, Napoleão Lima Júnior, e representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMDES) informaram que não seria possível realizar a correção.

Diante da postura do município de Maceió, o Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública interpôs a ação coletiva, aguardando agora uma posição do Poder Judiciário.



Fonte: Cada Minuto

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