Governo espera seca mais severa em 20 anos na Amazônia e libera recursos
Estiagem também causou muitos incêndios no estado: bombeiros combateram 8,4 mil focos desde junho. • Defesa Civil do Amazonas
O Amazonas tem 20 cidades em estado de emergência por causa da forte seca no estado, segundo a Defesa Civil estadual
O Governo Federal afirma que o período de estiagem em 2024 será o mais severo em 20 anos na Floresta Amazônica.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou o repasse de R$ 11,7 milhões para combater a seca na Amazônia.
A verba foi destinada para ações da Defesa Civil de Amazonas e Roraima. O MIDR reconheceu estado de emergência em 53 municípios dos dois estados, além de cidade do Acre e Rondônia.
“Está prevista para a próxima semana uma reunião com os governadores dos estados que passam pelo problema. Reconhecemos várias situações de emergência e liberamos recursos para ajuda humanitária em alguns municípios”, disse o ministro da pasta, Waldez Góes.
Emergência no Amazonas
O Amazonas tem 20 cidades em estado de emergência por causa da forte seca no estado, segundo a Defesa Civil estadual.
A informação foi divulgada no boletim do governo amazonense desta terça-feira (20). Cerca de 254 mil pessoas, ou 63 mil famílias, são afetadas pela estiagem.
O nível dos rios também foi prejudicado pela falta de chuva, até o momento. Uma parte do Rio Solimões, na altura da cidade de Tabatinga, está em 0,07 metros.
No último dia 23 de julho, cerca de um mês atrás, o rio estava em 4,89 metros.
A altura do Rio Negro também apresentou grande queda. Na região de Manaus, capital do estado, o rio caiu de 26,85 metros para 22,56 metros em cerca de dois meses. Um desnível de 4,29 metros.
Ainda de acordo com os dados da Defesa Civil, a água do rio vazou, em média, 48 centímetros de água por dia, na altura de Novo Airão, no leste do Amazonas, apenas nos últimos sete dias.
A seca também causou fortes queimadas no estado. Desde junho deste ano, o Corpo de Bombeiros estadual combateu mais de 8,4 mil focos de incêndio na região.
Fonte: CNN Brasil