Número de mortos em Gaza sobe para 83; Israel anuncia envio ‘massivo’ de forças de segurança para conter violência.
Ministro da Defesa de Israel afirmou que vai mobilizar forças em cidades de Israel onde também há população árabe. Conselho de Segurança da ONU vai fazer uma terceira reunião em uma semana para discutir os conflitos.
O número total de palestinos falecidos nos bombardeios israelenses nos últimos dias em Gaza subiu para 83, anunciou nesta quinta-feira (13) o ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento Hamas.
Entre as vítimas fatais estão 17 menores de idade. Os ataques também deixaram 487 feridos, de acordo com o ministério.
Fontes militares de Israel afirmaram que o país bombardeou Gaza mais de 600 vezes desde segunda-feira.
Os movimentos palestinos lançaram, a partir da Faixa de Gaza, mais de 1.600 foguetes contra o território de Israel.
Desde o início da semana, sete pessoas morreram em Israel, incluindo um menino de seis anos, e centenas ficaram feridas.
Ministro da Defesa ordena mobilização
O ministro israelense da Defesa, Benny Gantz, ordenou, nesta quinta-feira, a mobilização “massiva” de forças de segurança para cidades onde coabitam israelenses e palestinos com cidadania israelense, de modo a combater a violência interna registrada nos últimos dias.
“Estamos em uma situação de emergência e agora é necessário reforçar maciçamente as forças no terreno”, disse o ministro em um comunicado.
Ele informou ainda que convocará oficiais da reserva da guarda fronteiriça, que normalmente opera na Cisjordânia, território ocupado por Israel.
Conflito chega a cidades israelenses
A escalada da violência acontece em duas frentes: além da Faixa de Gaza, há distúrbios nas cidades habitadas por judeus e árabes.
Israel acionou os alertas de foguetes em diversas regiões do país, inclusive em Tel Aviv, pela primeira vez desde o início da escalada na segunda-feira. Todos os voos com destino ao aeroporto internacional desta cidade foram desviados.
Durante a madrugada, cinco pessoas ficaram feridas na explosão de um projétil que caiu em um complexo residencial perto de Tel Aviv.
Ao mesmo tempo, a aviação israelense bombardeou posições do grupo Hamas na Faixa de Gaza, um território palestino com dois milhões de habitantes sob bloqueio de Israel.
Entre os alvos há locais que eram usados em operações de “contraespionagem” do grupo islamita e a residência de um dos comandantes do Hamas, Iyad Tayeb.
O grupo islamita anunciou na quarta-feira a morte do comandante de seu braço militar para a cidade de Gaza. O serviço de inteligência israelense informou que outros dirigentes do Hamas morreram nos bombardeios.
A aviação israelense destruiu um edifício de mais de 10 andares que abrigava os escritórios da rede de televisão Al Aqsa, criada pelo Hamas.
Em represália, o Hamas lançou na quarta-feira à noite mais de 100 foguetes contra Israel. Muitos foram interceptados pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro.
Esplanada das Mesquitas em Jerusalém
A situação na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, onde a violência começou na semana passada, parecia mais calma nesta quinta-feira. Várias cidades de Israel registram distúrbios noturnos, no entanto.
Fonte: G1
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