Sem auxílio emergencial no primeiro trimestre, confiança do empresário cai 7,04% em abril.
Com o aumento no número de casos de Covid-19, no início do ano, em período em que o governo federal discutia se seria necessário a retomada das medidas de auxílio emergencial, encerradas em 2020 e retomadas apenas em meados do mês passado, o cenário econômico do primeiro trimestre de 2021 reforçou o clima de incertezas entre os empresários do Comércio de Maceió. Diante disso, após um quadro relativamente estável que perdurava desde novembro, em abril, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou, em relação a março, uma queda de 7,04%.
Apesar da baixa, de acordo com a série histórica do levantamento, aos 105,5 pontos, o índice ainda apresenta uma expectativa otimista, pois permanece acima dos 100 pontos e continua com um resultado acima do que foi percebido no período mais crítico de 2020, entre os meses de junho e agosto, com registros entre 68,7 pontos e 85,7 pontos. Contudo, na variação anual, o indicador se mostra 15,8% abaixo do mesmo mês do ano passado, quando foi registrado 125,4 pontos.
Em abril, aliás, todos os subíndices da pesquisa apresentaram recuo significativo. De acordo com o levantamento, na variação mensal, houve queda de 10,3% em Condições atuais do Empresário do Comércio, o que foi provocado pela contração em seus três índices secundários: Condições Atuais da Economia (-18,6%), Condições Atuais do Comércio (-8,4%) e Condições Atuais das Empresas Comerciais (-6,5%).
Com queda de 7%, o subíndice Expectativas do Empresário do Comércio também compõe esse quadro de baixas, que conta ainda com o recuo de 3,8% em Investimento do Empresário do Comércio. Nos três pilares secundários deste último, o indicador que mensura a contratação de funcionários foi o que mais sofreu impacto negativo, com baixa de 5,1%, enquanto as intenções de nível de investimento caíram 3,5% e a situação atual dos estoques registrou contração de 2,3%.
Para o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, a queda na confiança do empresário, com recuo generalizado em todos os seus subíndices, é um indício do reflexo do esgotamento financeiro apresentado no primeiro trimestre do ano. “Este resultado pode ser explicado devido a renovação tardia dos auxílios/benefícios que amparam direta e indiretamente o empresariado local e nacional, que seriam, o BEm e o Auxílio Emergencial”, concluiu.
Fonte: TNH1
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