Ufa! O torcedor do Fortaleza viu em campo o time que o técnico Juan Pablo Vojvoda tanto defende quando diz “conheço meus jogadores”. O Leão do Pici venceu o tradicional Colo-Colo com propriedade. O time chileno, assim como o cearense, não vem numa boa fase mas conhece bem a Libertadores. No jogo desta terça-feira (6), no entanto, sucumbiu diante dos donos da arena, no Castelão. O 4 a 0, com direito a um primeiro tempo avassalador, veio apenas com sustos do lado de lá, que podia ter perdido por mais.
O Leão do Pici teve menos posse de bola – 46% contra 54% – mas conseguiu ser efetivo. Algo que a equipe vinha devendo nas últimas partidas e DNA do grupo construído pelo argentino que celebrou a marca de 300 jogos no comando da equipe. Diante do Cacique, impôs velocidade, especialmente pelas laterais, tendo Martínez como principal articulador do meio-campo com apoio de Rossetto e Sasha, zona bem povoada pela equipe chilena. Por isso, apostou nas laterais para criar as principais jogadas de perigo. Na defesa, João Ricardo, mais uma vez, numa atuação segura junto com Mancuso, Kuscevic, Mancha e Pacheco.
Da escalação passada, apenas Marinho e Deyverson eram novidade na onzena inicial, a dupla completou o trio ofensivo com Breno Lopes. A receita deu certo. Foram três gols em menos de 15 minutos na etapa inicial. A partida começou com poucas oportunidades para os dois lados, mas o Fortaleza tinha tido as melhores chances com o camisa 18, Lucas Sasha e Mancuso. Mas Cortés estava atento. Cepeda levou perigo pelo lado chileno, mas o camisa 1 tricolor se manteve firme.
Aos 25 minutos, Breno Lopes recebeu ótimo passe de Bruno Pacheco pela esquerda. O atacante avançou em velocidade, escapou da defesa chilena e marcou quase sem ângulo. A bola entrou no limiar entre talento e sorte para fazer os mais de 30 mil torcedores acreditarem que era, sim, possível driblar o mau momento e garantir a vitória.
O segundo chegou quatro minutos depois, dessa vez pelo lado direito. Marinho recebeu a bola de Breno no meio-campo e disparou em velocidade. Driblador, encarou a marcação do Colo-Colo postada numa linha de quatro, costurou a jogada para deixar o dele. Talvez o mais otimista torcedor sequer acreditasse no placar até aquele momento.
Apesar da vantagem de 2 a 0, o Fortaleza manteve a pressão. Deyverson marcou aos 39, após vacilo de Cortés, que saiu mal do gol. A garra do Tricolor em campo se refletiu no placar. Era o que o torcedor queria ver. Do outro lado, o time comandado por Jorge Almirón deu espaços, pecou na marcação e ofereceu pouco perigo. O jogo inteiro podia se resumir ao primeiro tempo, mas a última etapa traria mais.
Em desvantagem, o Colo-Colo voltou do intervalo forçando João Ricardo a trabalhar após chute de Javier Correa de fora da área. O Tricolor respondeu com Breno Lopes, que mandou na trave. Confortável no placar, Vojvoda fez mudanças. Saíram Martínez e Deyverson para as entradas de Pochettino e Lucero. Pikachu substituiu Breno Lopes. O time tomou novo fôlego e criou mais.
Bolados ainda fez para a equipe chilena, mas a arbitragem deu impedimento. Corrêa quase diminuiu, e o goleiro do Tricolor apareceu outra vez. As mudanças do treinador do Leão fizeram efeito – se é que algo precisava ser mudado. A dupla argentina não vem num bom momento, mas voltou a brilhar em campo.
Aos 39 minutos, Pochettino recebeu passe de Martínez no meio, passou para Pikachu que deixou a bola no ponto do camisa 9 marcar o primeiro dele na Libertadores e o quarto do Fortaleza na partida. É para beijar a chuteira, comemorar e torcer que o resultado seja a virada de chave que o time cearense precisava para crescer na temporada.
O 4 a 0 garantiu ao Tricolor do Pici a vice-liderança do Grupo E, com os mesmos sete pontos do líder Racing. A diferença fica pelo saldo de gols. Para se garantir na próxima fase, o Leão precisa vencer o Bucaramanga na rodada seguinte, em casa. Antes, encara o Juventude pelo Brasileirão.
Fonte: GE


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