Campeão olímpico revela vício em cocaína: “Meu filho pensava que eu seria encontrado morto”

O currículo no ciclismo é invejável: cinco medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze em Jogos Olímpicos. Entretanto, a força mental para construir uma carreira brilhante não fez Bradley Wiggins, primeiro britânico campeão do Tour da França, resistente o suficiente para lidar com o fim da carreira. O vício em drogas o deixou sem freio e sem direção.

Medalhista olímpico de Sydney 2000 a Rio 2016, Wiggins encerrou sua trajetória no esporte depois das olimpíadas no Brasil. O esporte saiu de cena, enquanto a cocaína apareceu.

– Houve momentos em que meu filho pensou que eu seria encontrado morto pela manhã. Era um viciado funcional. As pessoas não percebiam, mas eu ficava “chapado” a maior parte do tempo durante muitos anos – declarou o ex-atleta, de 45 anos, pai de dois filhos, em entrevista ao “The Observer”

Wiggins, que lançará sua biografia em 2025, conta que há um ano se livrou do vício.

– Estava usando muita cocaína, era um problema sério. Meus filhos iam me internar na reabilitação. Eu estava caminhando na corda-bamba. Eu percebi que tinha um problemão, que precisava parar. Tenho sorte de estar aqui, fui vítima das minhas escolhas por muitos anos. Tive ódio de mim mesmo, era uma forma de automutilação, autossabotagem. Não era quem eu queria ser, estava magoando pessoas ao meu redor.

O campeão olímpico, que contraiu dívidas durante o período, conta que ficava dias sem dar notícias aos familiares.

– Meu filho fala muito com Lance Armstrong. Ele perguntava: “Como está seu pai?, e o Ben respondia: “Não tenho notícias há algumas semanas, mas sei que ele está hospedado em um hotel”. Eles ficaram sem notícias minhas por dias. Agora consigo falar com franqueza. Não havia meio-termo. Não conseguia tomar uma taça de vinho. Se tomava, comprava drogas.

Fonte: GE

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