Alisson lamenta ciclo conturbado na Seleção: “Não fomos blindados”

Após a seleção brasileira garantir vaga na Copa do Mundo de 2026, com a vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, o goleiro Alisson comentou o ciclo conturbado desde 2023. Em entrevista ao Troca de Passes, no sportv, o atleta do Liverpool disse que os jogadores “não foram blindados” das questões extracampo.

— Questões externas nos entristecem. A Seleção passar por esse tipo de coisa (crise política)… Mas faz tempo que é assim, não é de agora. Dentro de campo sempre foi blindado, mas nesse ciclo não. Pelas incertezas, sem convicção do que estava sendo feito. Primeiro um interino (Ramon), depois o Diniz, que é um excelente profissional, mas estava comandando um clube. Depois entrou Dorival, tentou ter mais tempo, mas não deu certo. Ancelotti era o plano principal de sempre. Está trazendo alegria, blindagem, segurança. Tudo o que ele fala tem peso diferente — disse Alisson.

Ancelotti é o quarto comandante da seleção brasileira desde o fim da Copa do Mundo de 2022, quando Tite se despediu. Ramon Menezes (interino), Fernando Diniz e Dorival Júnior foram nomes escolhidos antes de Carlo Ancelotti, que negociava desde 2023, mas seguia treinando o Real Madrid. Alisson comentou as impressões do trabalho do técnico italiano.

— Falar agora que vamos ganhar a Copa é burrice, mas existe um caminho para isso. Hoje a mudança é evidente. Podemos analisar friamente e dizer isso. Desempenho muito melhor coletivo e individual. Nosso time é muito jovem. Pressão é normal, tem sido difícil. É correr carregando carga dobrada. Algo novo está surgindo aqui dentro, Ancelotti tem todos os méritos, a comissão dele, quem ficou… Nos ajudam demais. É ruim passar por isso, mas cria casca. Time vencedor passa por momentos difíceis.

O Brasil venceu o Paraguai com gol de Vini Jr e se classificou para o próximo Mundial, ocupando agora a terceira posição na tabela de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas. O goleiro do Liverpool e da Seleção destacou a dificuldade da campanha até aqui.

— Principal objetivo era a classificação. Eliminatória muito difícil, das mais difíceis que eu passei aqui, por todos os fatores que afetaram em campo. Não tiramos nossa responsabilidade. Mas foi muito difícil, fizemos grande partida hoje, é o que a gente sempre quis. Grande parte da culpa é nossa. Ancelotti deu base sólida defensiva. Depois, com a qualidade, os caras vão resolver na frente. Tivemos muito mais controle hoje do que Equador.

Fonte: GE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *