O PT não precisa sair da eleição interna menor do que entrou

A eleição para o Diretório Estadual do PT acontece no próximo final de semana.

Há de se considerar que é um ato democrático e único entre os partidos brasileiros.

A disputa interna é absolutamente saudável, até porque há erros visíveis do atual comando, este que sai agora.

A questão política fundamental é que o partido precisaria sair dessa eleição maior do que entrou, apontando para um caminho de independência, sem descartar as necessárias alianças.

O partido é visto aqui, e já de um bom tempo, como um apêndice do MDB, partido de centro que está à frente do governo do Estado há mais de 10 anos.

Lembrando que foi essa condição que levou o PC do B, por exemplo, a quase extinção em Alagoas, estado onde PDT e PSB já não sobrevivem como legendas autônomas e à esquerda.

Eis o busílis: o Partido dos Trabalhadores é a maior e mais importante legenda, historicamente, entre as que formam no espectro ideológico de esquerda. Tem o presidente da República, um nome já marcado para a história (e odiado pela direita brasileira).

Aliás, praticamente o único por esses tempos.

Não me parece que levá-lo à sombra, como identidade ideológica, seja um bom caminho para a democracia.     

Fonte: Ricardo Mota

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