Controlador-geral do Estado, Wagner Rosário será sabatinado nesta terça-feira (2) pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. A indicação, feita pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem alimentado entre aliados a tese de que o governador pode deixar o cargo em 2026 para disputar a Presidência.
Amigo de Tarcísio desde os tempos do Colégio Militar em Brasília, Rosário é considerado atualmente um dos principais conselheiros do governador. Os dois frequentaram juntos a Academia Militar das Agulhas Negras e foram ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio esteve à frente do Ministério da Infraestrutura, e Rosário da CGU (Controladoria-Geral da União).
Antes da indicação ao órgão de contas estadual, o controlador-geral era citado como um nome potencial para assumir a Casa Civil de São Paulo no lugar de Arthur Lima, outro amigo de longa data do chefe do Executivo estadual.
A leitura é que, ao indicar Wagner Rosário para o TCE e abrir mão de um dos nomes mais próximos do governo, Tarcísio sinaliza não poder assegurar que de fato irá disputar a reeleição, como vem repetindo para negar interesse no Palácio do Planalto.
O governador de São Paulo tem sido apontado por caciques do Centrão e por parte do empresariado como a melhor opção para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. O próprio petista tem citado Tarcísio como seu adversário nas urnas, o que tem incomodado o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A interlocutores, Tarcísio de Freitas tem afirmado que indicou Rosário ao TCE porque quer um nome de confiança no tribunal, reforçando que o movimento é essencial para um eventual segundo mandato.
Nas últimas semanas, Wagner Rosário percorreu gabinetes da Assembleia Legislativa.
Pelos cálculos dos articuladores do governo, o controlador-geral pode alcançar mais de 60 votos na sabatina marcada para esta terça-feira (2), às 10h30.
São necessários o apoio de 48 deputados. Uma força-tarefa quer garantir que parlamentares da base não faltem à sessão.
Fonte: CNN


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