Integrantes da cúpula das Forças Armadas operaram, nos últimos dias, diretamente no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o general da reserva Augusto Heleno tenha uma pena branda em relação aos demais réus da trama golpista.
A percepção colhida na Corte é de que há possibilidade real de que Heleno receba uma pena distinta dos demais réus.
Aos 77 anos, ele é o mais velho de todos os réus do núcleo 1 e é considerado, até hoje, uma referência para os militares por sua carreira. Foi, por exemplo, comandante militar da Amazônia e da missão de paz no Haiti.
Ao currículo se soma a percepção dos militares — respaldada por parte da Corte e de juristas — de que as acusações contra Heleno são frágeis.
O general é acusado de estruturar o discurso do governo Bolsonaro contra as urnas eletrônicas enquanto exercia o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (2019–2022). Uma agenda com anotações nesse sentido é considerada a principal prova.
A defesa alega que se tratam de meras acusações e que, durante a conspiração dos atos de 8 de janeiro, general Heleno estava distante de Bolsonaro. Militares também reforçaram essa versão nas últimas semanas a integrantes do STF.
O único ponto que seria mais crítico e impediria uma absolvição seria o envolvimento com a chamada “Abin paralela”, com a utilização do órgão para produzir relatórios contra as urnas e adversários.
Fonte: CNN
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