Cientistas encontram microplásticos em sangue humano pela primeira vez

Cientistas encontram microplásticos em sangue humano pela primeira vez

Cientistas holandeses detectaram sinais de poluição microplástica em sangue humano pela primeira vez. Outro fator intrigante foi que entre as pessoas testadas para a pesquisa, 80% delas tinham essas partículas no organismo.

Até o momento, os pesquisadores ainda não identificaram possíveis danos à saúde dos voluntários. Mas, continuam perplexos, pois geralmente os microplásticos são capazes de destruir as células humanas em experimentos de laboratório e as partículas de poluição do ar, quando entram no corpo, podem provocar inúmeras doenças que levam a milhões de mortes precoces por ano.

De qualquer modo, a descoberta mostra que as partículas podem viajar pelo corpo e se alojar facilmente em órgãos. E isso indica um cenário desfavorável para a saúde humana, pois enormes quantidades de resíduos plásticos são despejadas no solo e nos oceanos, deixando muitas pessoas vulneráveis à contaminação, seja por meio do consumo de água e alimentos expostos a essas partículas, seja pela inalação.

De acordo com informações do The Guardian, os cientistas analisaram amostras de sangue de 22 doadores anônimos, todos adultos saudáveis, PET, presente em garrafas de bebida, enquanto cerca de 30% continha poliestireno, usado para embalar alimentos e outros produtos. Outros 25% das amostras de sangue continha polietileno, do qual são feitas sacolas plásticas.

“Nosso estudo é a primeira indicação de que temos partículas de polímero em nosso sangue – é um resultado inovador”, disse o professor Dick Vethaak, ecotoxicologista da Universidade Vrije em Amsterdam, na Holanda, para o jornal britânico. “Mas temos que estender a pesquisa e aumentar o tamanho das amostras, assim como o número de polímeros avaliados.”

Grande vulnerabilidade – Vethaak afirmou que o cenário é preocupante, pois quase todas as pessoas estão propensas a acumular microplásticos no organismo, em razão de hábitos ou descuidos diários no modo como o plástico é usado. E esse processo, na maioria das vezes, começa na infância. Em estudos antigos, o pesquisador descobriu que os microplásticos eram 10 vezes maiores nas fezes dos bebês em comparação com os adultos. Essa situação acontece devido à alimentação dos pequenos ser feita por meio de garrafas plásticas, que permitem que eles engulam milhões de partículas de microplástico por dia.

@conexaonawebofc

Fonte: Tnh1

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