Homem é solto após ficar 28 anos preso por assassinato que não cometeu, nos EUA
Um homem saiu da prisão no estado americano do Missouri nesta terça-feira — 28 anos depois de ter sido condenado por um assassinato que não cometeu. Segundo a emissora St. Louis Public Radio, a inocência de Lamar Johnson foi reconhecida pelo juiz David Mason após ouvir os depoimentos de Greg Elking e James Howard sobre a morte de Marcus Boyd em 1994.
“Este testemunho combinado representa uma evidência clara e convincente de que Lamar Johnson é inocente e não cometeu o assassinato de Marcus Boyd individualmente ou agindo com outro”, escreveu Mason na decisão que absolveu Lamar.
Ao sair do tribunal, o homem celebrou a liberdade num jantar com pessoas próximas e seus advogados. Ele também fez questão de agradecer às pessoas que o apoiaram.
— Quero agradecer, em primeiro lugar, às pessoas que tiveram informações sobre o caso e revelaram a verdade — disse ele a jornalistas. — Todas as pessoas que vieram e me apoiaram: isso é impressionante. Eu só agradeço a todos. Apenas obrigado.
A imprensa local relatou que Lamar foi considerado culpado junto com Phillip Campbell, mas sempre negou participação no crime. A condenação foi baseada principalmente no depoimento de uma testemunha, que mais tarde se retratou.
Além disso, James Howard confessou que foi ele e Campbell que mataram Marcus Boyd numa tentativa de roubo.
O processo pelo reconhecimento da inocência de Lamar começou em 2019, a partir da constatação da condenação injusta pela promotoria. No entanto, a libertação do inocente demorou a acontecer pois a Suprema Corte do Missouri decidiu, em 2021, que a unidade não tinha autoridade para tentar anular a sentença. Apesar disso, em dado momento, o estado aprovou uma lei que oferecia justamente a permissão ao Ministério Público que estava faltando. A equipe de Lamar enfrentou alguns obstáculos entre quem não acreditasse nos testemunhos ratificados, mas seguiu em frente.
Enquanto isso, a vontade por provar sua inocência mantinha-se forte para Lamar, que agora espera que seu caso sirva de inspiração para outros detentos que tenham sido condenados injustamente.
— Espero poder ser uma inspiração e que eles continuem a lutar; a verdade encontra um caminho — disse ele. — Acho que há um propósito na dor. Até certo ponto, tenho a obrigação de tentar ajudar os outros e ajudá-los a superar o que estão passando.
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Fonte: Tnh1