Dezembro registra aumento de casos da covid-19; três mortes foram confirmadas em AL

Romison Florentino* | 15/12/23 – 14h31

De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), somente neste mês de dezembro, foram registrados 436 casos de Covid-19, desse total 237 casos foram constatados na última semana. Três mortes foram confirmadas entre pessoas com comorbidades.

O aumento foi recebido com preocupação, já que no mês de novembro deste ano, apenas 40 casos foram registrados nos boletins da Sesau. De acordo com o infectologista Renée Oliveira há grande probabilidade do aumento estar ligado ao aparecimento de novas subvariantes. “Provavelmente o principal fator é o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, e outras linhagens, porque o vírus da Covid é mutante e tem uma capacidade de modificação grande”, afirmou o especialista em entrevista para o programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.

O médico reforçou que crianças e jovens podem ter Covid, mas a recuperação é mais favorável, entretanto, quem é mais suscetível a complicações, como idosos a partir dos 70 anos, devem ter ainda mais cuidado. “A nossa preocupação é com aquelas pessoas que são mais suscetíveis a complicações, os idosos, principalmente aqueles com mais de 70 anos, os imunossuprimidos, quem tem comorbidades graves como diabetes. São esses que na vigência de um quadro de Covid caminham para uma coisa mais forte, até mesmo complicações ou indo a óbito”, afirmou Renée.

Para o infectologista, o fato da última dose da vacina ter sido aplicada há mais de seis meses, ajudou no crescimento do número de infectados pela doença. “Para a variante Ômicron, a proteção maior é dada com a monovalente, que é o vírus original, junto com o componente da Ômicron, que dá uma proteção boa para essas novas variantes que estão aparecendo” explicou informando ainda que a busca por essa vacina foi muito baixa. “O número de pessoas que buscou a vacina foi uma quantidade muito pequena, a nossa população, principalmente os idosos estão desprotegidos, é preciso vacinar de novo”, disse.

Com as festividades e confraternizações de fim de ano se aproximando, as recomendações são as mesmas: