Gêmeas Heloá e Valentina vão à escola pela primeira vez um ano após cirurgia de separação
Um ano após a cirurgia de separação, Heloá e Valentina Prado, de 4 anos, deram mais um passo importante, que emocionou a família. As meninas, que nasceram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso, foram à escola pela primeira vez.
“Elas amaram, chegaram entrando na escola, já foram pra salinha, sentaram e começaram a conversar com a professora. Elas nem choraram. É o que elas queriam, sempre elas ficavam pedindo para mim, porque viam a irmãzinha delas indo”, contou Waldirene Prado, mãe das meninas.
O primeiro dia de aula das pequenas aconteceu na última quinta-feira (1º), após elas ganharem uma bolsa de estudos em Morrinhos, no sul de Goiás. Ao g1, Waldirene contou que as filhas amaram a escola e se divertiram, o que emocionou a família.
“O momento tão esperado chegou, a emoção foi a mil de saber que a gente tá ali realizando o sonho delas”, contou.
Emocionada, a mãe disse que a dona da escola a encontrou em um supermercado, ofereceu o estudo totalmente gratuito e emocionou a todos.
Há um ano, a vida das gêmeas Heloá e Valentina Prado teve uma mudança que marcou toda a família. Elas passaram por uma cirurgia de separação em Goiânia e ficaram internadas por mais de 50 dias. Recuperadas, as meninas seguem uma rotina comum para crianças da mesma idade e a família se emociona.
“Elas estão melhor do que a gente imaginava. É uma emoção fora do normal. A vida delas agora é a vida normal de uma criança. Gostam muito de brincar e de fazer arte”, contou Waldirene do Prado, mãe das meninas.
Pequenas no tamanho, mas com uma força que impressionou a equipe do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). A cirurgia de separação foi complexa. Segundo a unidade, todo o tratamento reuniu cerca de 200 profissionais.
Ao g1, as pequenas quebraram a timidez aos poucos e contaram as atividades preferidas. Cantar, brincar na piscina e jogar no celular. Perto das gêmeas, entusiasmado, o pai das meninas celebrou o sucesso da recuperação.
“Para nós, ver o desenvolvimento que elas estão hoje é uma alegria imensa. Agora, é curtir com elas bastante. Nosso coração está bem cheio e grato. Hoje, elas estão individuais”, destaca Fernando de Oliveira.
Zacharias Calil, médico responsável desde o início do tratamento das meninas, avalia o caso como uma realização profissional e reforça que as meninas foram acompanhadas por equipes de várias especialidades. Agora, as gêmeas continuam sendo monitoradas, mas em menor frequência e cada vez mais independentes.
Um ano após a cirurgia de separação, Heloá e Valentina Prado, de 4 anos, deram mais um passo importante, que emocionou a família. As meninas, que nasceram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso, foram à escola pela primeira vez (assista vídeo acima).
“Elas amaram, chegaram entrando na escola, já foram pra salinha, sentaram e começaram a conversar com a professora. Elas nem choraram. É o que elas queriam, sempre elas ficavam pedindo para mim, porque viam a irmãzinha delas indo”, contou Waldirene Prado, mãe das meninas.
O primeiro dia de aula das pequenas aconteceu na última quinta-feira (1º), após elas ganharem uma bolsa de estudos em Morrinhos, no sul de Goiás. Ao g1, Waldirene contou que as filhas amaram a escola e se divertiram, o que emocionou a família.
Emocionada, a mãe disse que a dona da escola a encontrou em um supermercado, ofereceu o estudo totalmente gratuito e emocionou a todos.
“Foi uma emoção que arrepio e o coração bate forte, Deus é maravilhoso, a gente tem que ter fé, que nada é por acaso, vem de Deus”, celebrou.
Um ano após cirurgia de separação, mãe das gêmeas Heloá e Valentina se emociona.
Há um ano, a vida das gêmeas Heloá e Valentina Prado teve uma mudança que marcou toda a família. Elas passaram por uma cirurgia de separação em Goiânia e ficaram internadas por mais de 50 dias. Recuperadas, as meninas seguem uma rotina comum para crianças da mesma idade e a família se emociona.
“Elas estão melhor do que a gente imaginava. É uma emoção fora do normal. A vida delas agora é a vida normal de uma criança. Gostam muito de brincar e de fazer arte”, contou Waldirene do Prado, mãe das meninas.
Pequenas no tamanho, mas com uma força que impressionou a equipe do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). A cirurgia de separação foi complexa. Segundo a unidade, todo o tratamento reuniu cerca de 200 profissionais.
Ao g1, as pequenas quebraram a timidez aos poucos e contaram as atividades preferidas. Cantar, brincar na piscina e jogar no celular. Perto das gêmeas, entusiasmado, o pai das meninas celebrou o sucesso da recuperação.
“Para nós, ver o desenvolvimento que elas estão hoje é uma alegria imensa. Agora, é curtir com elas bastante. Nosso coração está bem cheio e grato. Hoje, elas estão individuais”, destaca Fernando de Oliveira.
Família das gêmeas Heloá e Valentina, separadas após cirurgia em Goiânia — Foto: Michel Gomes/g1 Goiás
Zacharias Calil, médico responsável desde o início do tratamento das meninas, avalia o caso como uma realização profissional e reforça que as meninas foram acompanhadas por equipes de várias especialidades. Agora, as gêmeas continuam sendo monitoradas, mas em menor frequência e cada vez mais independentes.
“Antes elas estavam vindo semanalmente, quinzenalmente, mensalmente e agora trimestralmente. Já podem frequentar a escola. Já estão tendo uma atividade muito boa, principalmente do ponto de vista de independência. Cada uma está seguindo o seu rumo da maneira que achar melhor”, detalhou.
Caso delicado
Zacharias relembrou o quadro de Valentina, que exigiu mais atenção da equipe no pós-operatório. A menina ficou em coma induzido por 28 dias.
“Ela precisou ser reoperada, teve um problema pulmonar severo. Depois teve outro problema neurológico mais severo ainda. Ela ficou em coma e, de repente, ela acordou e começou a ter uma evolução progressiva e satisfatória”, contou.
O pai se emocionou ao lembrar do quadro da filha. “No começo, todo mundo achava que a Heloá poderia preocupar um pouco mais, e no fim foi a Valentina que acabou dando preocupação para nós”, falou.
“Hoje a gente a vê andando, correndo, brincando. Ela é bem mais calma do que a Heloá. A Heloá é mais rustida, mais brava. A Valentina não. Ela tem uma diferença muito grande em termos de personalidade”, completou Zacharias.
Os profissionais envolvidos na cirurgia das gêmeas foram homenageados no Hecad nesta segunda-feira (22).
“O papel [certificado] é um símbolo apenas, mas é uma forma de reconhecimento da própria sociedade de que essas pessoas merecem, sim, ter esse valor. É uma forma de enriquecer o lado profissional também”, reforçou Zacharias.
Tratamento gratuito
Por fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento das meninas foi gratuito. Mônica Ribeiro Costa, diretora do Hecad, ressaltou que a cirurgia só pôde ser feita por conta da boa infraestrutura hospitalar, que depende de múltiplas especialidades médicas, equipamentos, materiais, medicamentos, e com apoio de unidade de terapia intensiva.
“Temos um hospital capaz de modificar o cenário da pediatria goiana, porque é um hospital bem complexo e tem capacidade de atendimento de uma boa parte da pediatria em Goiás. O Hecad hoje tem abrangência nacional, particularmente nessa área da separação de siameses”, detalhou.
Relembre o caso
Valentina e Heloá Prado passaram por cirurgia em 11 de janeiro de 2023. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil fez o procedimento, com 50 profissionais.
As gêmeas receberam alta do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) 51 dias após a cirurgia. Com a alta, as gêmeas retornaram para casa, em Morrinhos.
As siamesas receberam alta no dia 3 março de 2023. Na época, Waldirene falou da emoção do momento e relembrou que, em outro hospital, chegaram a dizer que os pais teriam que escolher entre as filhas.
O cirurgião Zacharias Calil disse que chegou a temer pela vida das duas, sobretudo da Valentina que teve uma recuperação mais complexa. Segundo ele, foram mais de 200 pessoas envolvidas no acompanhamento das gêmeas.
“O pediatra me chamou e disse que ela estava com mal epilético, que as chances eram mínimas. A cada dia a gente se emociona muito. Toda a equipe, nós temos um grupo. Colegas de fora que sempre perguntam”, disse o médico.
As gêmeas são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paulo e estão em tratamento em Goiânia há cerca de dois anos. Após o início do acompanhamento médico, os pais das crianças decidiram se mudar para Morrinhos, no interior de Goiás.
Fonte: g1.globo.com