Apesar de reunião, autor de PL sobre desoneração quer devolução de MP

Apesar de reunião, autor de PL sobre desoneração quer devolução de MP

Apesar de dialogar com lideranças partidárias nesta manhã (9/1) e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o senador Efraim Filho (União-PB), autor da lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027, defendeu a devolução da medida provisória (MP) que reonera os impostos.

A posição de Efraim vai de encontro à de setores econômicos e centrais sindicais. Os grupos defendem que a reoneração da folha poderá causar insegurança jurídica, desemprego e prejuízos à economia do país.

Efraim participou de reunião com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outros líderes partidários para debater o assunto. Durante o encontro, foi discutida a possibilidade de decidir sobre a devolução somente em fevereiro, após o recesso.

“A posição que foi encaminhada por nós é a devoulção total da MP. Claro que a condução é do presidente Pacheco. Cabe a nós dizer pelo o que foi encaminhado como autor da matéria. O encaminhamento foi pela devolução total”, afirmou Efraim.

Editada no fim de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a MP prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia. A ação faz parte de um esforço da equipe econômica de Lula para aumentar a arrecadação dos cofres públicos e cumprir a meta de zerar o déficit fiscal a partir de 2024.Play Video

A medida contraria a lei aprovada em 2023 pelo Congresso Nacional, que prorroga até 2027 a desoneração para esses setores. Lula chegou a vetar o dispositivo, mas os deputados e senadores derrubaram o veto.

Envio de projeto de lei da desoneração

Efraim defende que a edição da nova MP por parte do governo é uma afronta à decisão do Congresso Nacional.

“O encaminhamento foi pela devolução total, a devolução de uma agenda com a qual o governo não teve votos para sustentar em plenário. A decisão do Congresso é um projeto com a cara do Congresso, de autoria do parlamento. A grande prioridade é gerar empregos, e a MP tem resultado prático. Gera a elevação do custo do emprego, fica mais caro contratar, traz insegurança jurídica”, afirmou.

O senador também afirma que os parlamentares estão dispostos a dialogar com o governo, mas defende que Lula envie um projeto de lei sobre o assunto ao Congresso Nacional.

“Vir trazer proposta de aperfeiçoamento após derrubada do veto ou MP é recebido como uma tentativa de imposição de uma agenda. O projeto de lei, não. É legítimo que o governo apresente propostas e alternativas. O projeto de lei seria a melhor alternativa”, concluiu.

Fonte: metropoles.com

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