Espectro Autista: quando a dor do outro e empatia se transformam em Ciência

Ter empatia pelo outro levou o aluno Mateus Feijó, de 15 anos, da Escola Estadual Princesa Isabel, localizada no Cepa [Centro Educacional de Pesquisa Aplicada], iniciar a criação da “Rede Itech”. Aplicativo que reunirá em uma comunidade virtual de apoio pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e profissionais da Educação, Saúde e Comunicação.

Para entender a origem do projeto é preciso voltar no tempo, quando Mateus cursava o ensino fundamental em outra escola da rede privada. Entre seus professores, havia um de inglês que possuía TEA em nível moderado e que durante as aulas sofria com zombaria e piadas dos alunos. Isso incomodava o jovem porque ele também é uma pessoa autista, contudo em nível leve.

Anos depois, desta vez, em uma nova escola, presenciou cenas parecidas. Eram colegas de classe que passavam por situações semelhantes. A dor dos outros e a sua se acumulou e na cabeça do jovem se transformou em projeto, fecundado durante as aulas do professor Rafael Holanda, que trabalha na área de tecnologia e empreendedorismo com os estudantes.

Mateus explicou que sempre teve certeza do objetivo do projeto. “Queremos procurar uma solução para que as pessoas com TEA convivam em qualquer ambiente social e se protejam de qualquer tipo de preconceito”.

Ter empatia pelo outro levou o aluno Mateus Feijó, de 15 anos, da Escola Estadual Princesa Isabel, localizada no Cepa [Centro Educacional de Pesquisa Aplicada], iniciar a criação da “Rede Itech”. Aplicativo que reunirá em uma comunidade virtual de apoio pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e profissionais da Educação, Saúde e Comunicação.

Para entender a origem do projeto é preciso voltar no tempo, quando Mateus cursava o ensino fundamental em outra escola da rede privada. Entre seus professores, havia um de inglês que possuía TEA em nível moderado e que durante as aulas sofria com zombaria e piadas dos alunos. Isso incomodava o jovem porque ele também é uma pessoa autista, contudo em nível leve.

Anos depois, desta vez, em uma nova escola, presenciou cenas parecidas. Eram colegas de classe que passavam por situações semelhantes. A dor dos outros e a sua se acumulou e na cabeça do jovem se transformou em projeto, fecundado durante as aulas do professor Rafael Holanda, que trabalha na área de tecnologia e empreendedorismo com os estudantes.

Mateus explicou que sempre teve certeza do objetivo do projeto. “Queremos procurar uma solução para que as pessoas com TEA convivam em qualquer ambiente social e se protejam de qualquer tipo de preconceito”.

Em um primeiro momento, com ajuda de outros profissionais da unidade de ensino, Mateus reunia presencialmente os alunos em rodas de conversas, ouvindo como eram suas vidas dentro e fora da comunidade escolar.

O projeto seguiu, entretanto algo chamou a atenção do aluno e professor. No grupo criado em um aplicativo de mensagem, as conversas eram mais fluidas e os participantes acabavam se sentindo mais confortáveis em expor seus pensamentos. Essa dinâmica comunicacional inspirou a criação do aplicativo. Nasce a Rede Itech.

O projeto seguiu, entretanto algo chamou a atenção do aluno e professor. No grupo criado em um aplicativo de mensagem, as conversas eram mais fluidas e os participantes acabavam se sentindo mais confortáveis em expor seus pensamentos. Essa dinâmica comunicacional inspirou a criação do aplicativo. Nasce a Rede Itech.

“O software reunirá pessoas com TEA, orientações e profissionais que auxiliem a comunidade escolar. É o que chamamos de tecnologia assistida”, e completou Mateus: “Além dos dispositivos móveis, também queremos implantar em qualquer eletrônico das unidades”.

Quem acompanha Mateus na jornada científica é outra aluna da mesma escola, Graziella de Lima, de 17 anos.

“Tive uma professora que tinha um filho com TEA e nos contava sobre as dificuldades do cotidiano que ela enfrentava já que o filho tinha nível mais severo do transtorno. A sua história se une com a de outras pessoas, como colegas de sala de aula que se sentem invisíveis. A inclusão é a base do nosso projeto”, comentou.

Estamos passando por capacitação e acompanhamento com professores das áreas de Educação, Tecnologia e Comunicação, transformando o protótipo em objeto real”, explicou Graziella.

O professor Rafael Holanda, que acompanha o projeto dos alunos, falou da importância em apoiá-los nessa jornada. “No início, o Mateus foi sendo desafiado, aprendendo sobre programação, fazendo a estrutura básica, chegando inclusive a testar em outras escolas do Cepa”.

Ele ressaltou a importância de apoiar estudantes que surjam com ideias e queiram explorar o campo da ciência. “Imagina você encontrar um aluno que tem uma problemática, e consegue de forma brilhante encontrar as soluções. Para mim, enquanto educador é uma realização pessoal e profissional, ajudá-los a evoluir”.

Rafael confirmou que o projeto de Mateus e Grazielle já gerou outras ramificações, com subprojetos, ao todo são dez. “Deste grupo, sete foram premiados pela UFAL no ano passado”.

Na vida escolar, a atenção deve ser ainda maior. “A criança com TEA normalmente apresenta o que chamamos de sameness, uma espécie de apego à rotina. Logo, tudo que leve a uma alteração da sua rotina, seja no ambiente, ou mesmo o contato com pessoas novas, ou novos estímulos, podem desencadear crises”.

O psiquiatra reforçou que toda adaptação ambiental deve ser gradual e cada criança apresenta desconfortos muito particulares. “O profissional de educação que acompanha deve ter bastante habilidade na identificação dos estímulos que podem se tornar nocivos para aquela criança em específico. O ideal então é que ela receba um investimento escolar específico que atenda às suas necessidades especiais”.

Fonte: 7segundos.com.br

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